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Publicado por em dez 15, 2023 em Artigos, Destaque, Em destaque |

“50 Olhares da Crítica Sobre o Cinema Gaúcho” chega à Livraria Clareira

“50 Olhares da Crítica Sobre o Cinema Gaúcho” chega à Livraria Clareira

Foto: Fatimarlei Lunardelli O livro “50 Olhares da Crítica Sobre o Cinema Gaúcho” está disponível na Livraria Clareira (Rua Henrique Dias 111, Bom Fim, Porto Alegre). Recentemente inaugurada por Flávio Ilha, editor de “50 Olhares”, a Clareira tem espaço para trabalhar, café e quitutes – ideal para você conhecer nossa primeira publicação e também a obra de outros autores e autoras. Escrito por integrantes da Accirs em parceria com pesquisadores de cinema especialmente convidados, “50 Olhares da Crítica Sobre o Cinema Gaúcho” foi lançado oficialmente em março de 2022. Financiado pelo ProCultura RS por meio da LIC-RS, patrocinado pela JBL Harman e correalizado pela Opinião Produtora, o livro é como parte do projeto Cine Rock. Nesta publicação, 50 autores escreveram 50 textos sobre 50 filmes gaúchos lançados entre as décadas de 1950 e 2020. Trata-se de um amplo espectro de abordagens, estilos e visões particulares sobre o cinema realizado no Rio Grande do Sul. Através de perspectivas jornalísticas, ensaísticas e memorialísticas, é possível revisitar títulos famosos da nossa filmografia,...

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Publicado por em ago 27, 2023 em Artigos, Críticas, Festival de Gramado |

51º Festival de Cinema de Gramado: Pampa vazio, ameaçado, sempre em conflito – uma entrada e uma saída

51º Festival de Cinema de Gramado: Pampa vazio, ameaçado, sempre em conflito – uma entrada e uma saída

Atualmente em cartaz nos cinemas, “Casa Vazia”, de Giovani Borba, havia sido selecionado para o Festival de Cinema de Gramado há um ano. Rodado em Santana do Livramento, já falava de um pampa ameaçado pela soja e tinha como protagonista um peão de estância que não vislumbrava mais opção a não ser cair no abigeato. Em 2023, na 51ª edição do evento cinematográfico na Serra Gaúcha, dois dos longas concorrentes na mostra destinada às produções do estado também tiveram esse simbólico e complicado cenário ambiental, social e econômico para explorar. “Céu Aberto” é mínimo, é singelo, é feminino, é delicado, é bonito. Uma diretora que segue os passos de uma adolescente criada na zona rural de Dom Pedrito (RS), filha de pequenos proprietários rurais. Elisa Pessoa começa a registrar o cotidiano de Andriele Rodrigues Soares a partir dos 13 anos. Vamos lá: “Céu Aberto” poderia ser um longa simples, mas não é. Seria um documentário etnográfico, mas não é só isso. A potência das imagens escolhidas para sua abertura...

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Publicado por em ago 26, 2023 em Artigos, Críticas, Festival de Gramado |

51º Festival de Cinema de Gramado: Poesia que higieniza

51º Festival de Cinema de Gramado: Poesia que higieniza

A mostra de curtas-metragens gaúchos tem sido há um tempo uma atração à parte no badalado Festival de Cinema de Gramado. Vencida em sua maior parte a terrível fase da pandemia – prejudicial para produções com mais recursos, quanto mais foi para aquelas de baixo orçamento e menos experiência – os curtas produzidos no Rio Grande do Sul tornaram a tomar corpo e ganhar a devida estatura que merecem. Embora alguma desigualdade em termos de resultados finais, quando não aceitáveis deslizes técnicos, o nível dos 23 filmes concorrentes ao Prêmio Assembleia Legislativa de Cinema – Mostra Gaúcha de Curtas 2023 foi bastante satisfatório e, mais que isso, promissor. Como vêm se adensando a cada ano, as temáticas antes “marginais”, como LGBTQIAP+, povos originários, capacitismo, xenofobia, entre outros, manifestam-se com potência junto aos realizadores. Caso de “Rasgão”, de Victor Di Marco e Márcio Picoli, que levou Menção Honrosa, em sua narrativa que trata da acessibilidade; ou “O Tempo”, vencedor de Melhor Trilha Sonora (Gabriel Araújo, Nina Fola e Malyck Badu)...

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Publicado por em ago 26, 2023 em Artigos, Críticas |

51º Festival de Gramado: Mulheres no Protagonismo

51º Festival de Gramado: Mulheres no Protagonismo

“Tia Virginia”, do diretor Fábio Meira e produzido pela Kinossaurus. Atrizes Louise Cardoso, Vera Holtz e Arlete Salles. Se há algo que se pode resumir da 51ª edição Festival de Cinema de Gramado foi o destaque para mulheres que trabalham à frente ou atrás das câmeras. Foram homenageadas as atrizes Léa Garcia com o Troféu Oscarito (ela morreu de infarto no dia 15 de agosto, dia em que receberia a distinção, e o filho Marcelo Garcia recebeu o troféu pela mãe) e também Laura Cardoso, que recebeu a homenagem na sexta-feira, dia 18. A atriz Ingrid Guimarães recebeu o Troféu Cidade de Gramado na quinta-feira, dia 17, celebrando que uma comediante tenha sido lembrada por um festival. Na sexta, a produtora Lucy Barreto foi laureada com o Troféu Eduardo Abelin e Alice Braga recebeu o Kikito de Cristal. Além desta força e empoderamento feminino nas homenagens em Gramado, os filmes exibidos também apresentaram protagonistas femininas fortes. O destaque ficou para Vera Holtz pela interpretação em “Tia Virginia”, que levou...

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Publicado por em jul 29, 2023 em Críticas, Destaque, Em destaque |

Casa Vazia, por Daniel Rodrigues

Casa Vazia, por Daniel Rodrigues

Cena de Casa Vazia, filme de Giovani Borba. Como no jornalismo, a máxima de que não existe imparcialidade também se aplica ao cinema. Por mais limpo que seja o discurso tanto numa área quanto em outra, buscando fugir de posições político-ideológicas na abordagem de determinado tema, é impossível evitar uma mensagem desprovida de subjetividades. Em cinema, no entanto, essa dialética opera um pouco diferente. Uma vez arte, a depender do que se quer contar, o distanciamento (crítico e controlado) favorece a absorção da própria mensagem – que, ironicamente, pode ser, sim, bastante ideológica em última análise. Colocar-se conscientemente neste limiar não raro ajuda a que o cinema cumpra seu papel mais essencial: contar uma história.Esta é uma das fronteiras conceituais as quais o brilhante “Casa Vazia” suscita. Sem ajuizamentos simplórios, o filme conta uma história cheia de questões sociais, políticas, econômicas e comportamentais de uma maneira profunda e artística, convidando o espectador à reflexão. Com uma excepcional cena inicial – um plano-sequência estático de uma paisagem rural noturna –...

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Publicado por em maio 9, 2023 em Artigos |

XIX Fantaspoa :: Os cinco melhores, por Ticiano Osório

XIX Fantaspoa :: Os cinco melhores, por Ticiano Osório

5º. O Tio (2022), de David Kapac e Andrija Mardesic É como se fosse uma cruza de Feitiço do Tempo (1993), aquela comédia em que Bill Murray é condenado a reviver o mesmo dia indefinidamente, com os perturbadores filmes de Michael Haneke. Aparentemente, estamos no final da década de 1980, quando a Croácia ainda integrava a Iugoslávia, país que se dissolveu em várias repúblicas a partir do início dos anos 1990. Acompanhamos uma família – o pai (Goran Bogdan), a mãe (Ivana Roscic) e o filho (Roko Sikavica) – nos preparativos para um jantar de Natal, no qual terão como convidado o tio (Predrag “Miki” Manojlovic, assombroso) vindo da Alemanha.O que começa em um tom de humor esquisito e incômodo (o tio trata o sobrinho, que já tem seus 20 e tantos anos, como um adolescente imberbe e, lascivamente, compara a mulher da casa com Sophia Loren) vai ganhando contornos mais sinistros à medida que essa situação se repete, dia após dia. Mas por que essa situação se repete?...

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