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Publicado por em nov 23, 2024 em Críticas, Destaque |

V Festival Cinema Negro em Ação :: “Maré Braba” (2023), por Michelle Garcia

V Festival Cinema Negro em Ação :: “Maré Braba” (2023), por Michelle Garcia

Um olhar feminino sobre as mudanças climáticas. Menção Honrosa no V Festival Cinema Negro em Ação, o curta-metragem cearense Maré Braba (2023) retrata a luta e resiliência de mulheres em uma comunidade pesqueira, enfrentando os desafios do racismo ambiental em um contexto de exploração social. O filme dirigido por Pâmela Peregrino mostra, por meio das ondas e das marés, o descontrole das mudanças climáticas que avança na Zona Costeira brasileira.A animação em stop motion de sete minutos conta a história de três mulheres diretamente afetadas pelas consequências destas mudanças: a retirada de parques eólicos que são suprimento de energia, o descarte inapropriado de lixo na própria praia e a remoção forçada de pessoas de suas casas para possibilitar grandes construções, além da diminuição de espaços possíveis para sustento.O curta é um espelho da dicotomia de quem causa o agravamento deste impacto, as grandes corporações, as grandes cidades e sua poluição que deságua nas comunidades tradicionais ou empobrecidas.O choro de uma mulher pela derrubada da sua casa se mescla com...

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Publicado por em nov 23, 2024 em Críticas, Destaque |

V Festival Cinema Negro em Ação :: “Um É Pouco, Dois É Bom” (1970), por Alisson Santos

V Festival Cinema Negro em Ação :: “Um É Pouco, Dois É Bom” (1970), por Alisson Santos

O filme gaúcho esquecido por décadas É impossível começar a falar sobre a história de Um É Pouco, Dois É Bom sem citar seu grande criador, um gaúcho de coração com uma vida e carreira louvável, tanto que o prêmio do Festival Cinema Negro em Ação leva seu nome: Troféu Odilon Lopez.     Odilon (1941-2002) foi jornalista, cineasta, roteirista e ator. Chegou em Porto Alegre em 1959, de onde não saiu mais, tornando-se repórter cinematográfico, profissão que sequer existia na produção televisiva até então. Foi o primeiro jornalista negro a ter um programa na televisão do Rio Grande do Sul, na TV Piratini, em 1979. Em paralelo ao seu trabalho como jornalista, Odilon fundou, em 1969, a produtora Super Filmes, onde nasceu Um É Pouco, Dois É Bom (1970). O filme ficou esquecido por muitos anos devido a fatores como a falta de reconhecimento e apoio para cineastas negros, além das dificuldades de distribuição e preservação de filmes no Brasil.  Por muito tempo parte dos rolos de negativos da produção estavam guardados na garagem da...

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Publicado por em nov 20, 2024 em Destaque, Em destaque, Notícias |

ACCIRS participa da segunda edição do FECIC – Festival de Cinema de Canoas

ACCIRS participa da segunda edição do FECIC – Festival de Cinema de Canoas

A Accirs esteve presente no FECIC – Festival de Cinema de Canoas, realizado entre os dias 15 e 17 de novembro, no Teatro Sesc Canoas. Em sua segunda edição, o festival premiou os melhores filmes nas categorias Estudantil, Municipal e Estadual por meio do Júri Técnico e do Júri Popular, além do Júri da Crítica, este último, formado pela Accirs em parceria com o festival. Compuseram o Júri da Crítica Bruna Haas Pacheco, editora do site Vigília Nerd e atual vice-secretária da Accirs, e Chico Izidro, do editor do blog Sala-Escura e do canal Cinema de Peso. Os filmes premiados pela Crítica foram: “De Novo”, de alunos do IPUC (Estudantil), “Dias de Camus”, de Cecília Schroeder Catarino (Municipal) e “Pastrana”, de Gabriel Motta e Melissa Brogni (Estadual). Na cerimônia, o atual Presidente da Accirs, Daniel Rodrigues, e Rodrigo de Oliveira, editor-chefe da revista digital Almanaque 21 e atual diretor-executivo da Accirs, fizeram as entregas das categorias do Júri da Crítica aos vencedores. Igualmente, no dia 15, Rodrigo de Oliveira...

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Publicado por em nov 10, 2024 em Destaque, Em destaque, Notícias |

Livro “O Cinema de Jorge Furtado”, de Rodrigo de Oliveira, ganha lançamento na 70ª Feira do Livro de Porto Alegre

Livro “O Cinema de Jorge Furtado”, de Rodrigo de Oliveira, ganha lançamento na 70ª Feira do Livro de Porto Alegre

Dono de uma carreira de 40 anos, que se espalha pelo cinema, pela televisão e pela literatura, Jorge Furtado é um nome importantíssimo da nossa cultura. Em O Cinema de Jorge Furtado, o crítico de cinema e jornalista Rodrigo de Oliveira faz um passado a limpo dos filmes comandados pelo cineasta, sejam curtas ou longas-metragens. Desde Temporal, de 1984, passando por Ilha das Flores, de 1989, O Homem Que Copiava, de 2003, e culminando em Virgínia e Adelaide, de 2024. São artigos críticos, com curiosidades e informações sobre cada um dos títulos resenhados. Este livro chega como um tributo aos filmes ímpares e personagens memoráveis criados por Jorge Furtado quando comemora seu aniversário de 65 anos e seus 40 anos de carreira. Escrito pelo jornalista e crítico de cinema canoense Rodrigo de Oliveira, filiado à Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS) e à Associação Brasileira de Críticos de Cinema (ABRACCINE), o livro conta com 192 páginas. Sobre a escolha pela obra do cineasta, Rodrigo comenta: “Acompanho a carreira do...

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Publicado por em nov 5, 2024 em Destaque, Em destaque, Notícias |

IECINE lança dicionário de longas-metragens gaúchos

IECINE lança dicionário de longas-metragens gaúchos

Mais de 400 títulos estão reunidos no “Dicionário de Filmes Gaúchos – Longa-metragem – 1911-2022”, publicado pelo Instituto Estadual de Cinema (Iecine), da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac). A obra é mais uma iniciativa do Iecine para dar visibilidade e preservar a memória da produção audiovisual gaúcha. Organizado pelo professor e pesquisador Glênio Póvoas, o livro terá duas sessões de autógrafos, na terça (5) e na quarta-feira (6/11). Mais detalhes no final do texto. A publicação é a última etapa do projeto Primavera Gaúcha, desenvolvido entre 2023 e 2024 por meio de um convênio da Sedac com o Ministério da Cultura (MinC) e viabilizado com recursos de emenda parlamentar do deputado federal gaúcho Ubiratan Sanderson. Com a proposta de celebrar e divulgar o cinema do Rio Grande do Sul, a Primavera Gaúcha organizou-se em torno de 20 filmes representativos dessa filmografia, resultando em mostras especiais no cinema e no streaming e na produção de um catálogo. O dicionário também é um desdobramento do Portal do Cinema Gaúcho, resultado de anos de...

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Publicado por em out 4, 2024 em Destaque, Em destaque, Notícias |

Curso “Monstros no Armário: o cinema de horror e a teoria queer”, de Conrado Oliveira

Curso “Monstros no Armário: o cinema de horror e a teoria queer”, de Conrado Oliveira

O cinema de horror tem desempenhado um papel intrigante ao longo da história, muitas vezes servindo como um espelho distorcido das questões sociais e culturais de seu tempo. Dentro desse contexto, a teoria queer oferece uma lente fascinante para interpretar filmes icônicos onde a diversidade sexual é uma temática velada, porém poderosa. Obras clássicas como Frankenstein e Drácula e os cults A Hora do Pesadelo e Hellraiser exemplificam essa dinâmica, utilizando o vilão como uma metáfora para expor a condição “monstruosa” da sexualidade que escapa da heteronormatividade em nossa sociedade. A década de 1980, marcada pela crise da Aids, amplificou ainda mais essas representações. Discursos equivocados retratavam o homossexual como um predador contagioso, alimentando medos irracionais na sociedade. Essas narrativas, muitas vezes inconscientemente, refletiam e reforçavam as normas heteronormativas dominantes. Embora alguns cineastas não tenham necessariamente a intenção explícita de abordar questões de gênero e sexualidade em seus filmes, a teoria queer oferece uma estrutura analítica poderosa para interpretar estas obras sob uma nova luz. Ela permite que percebamos...

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