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Publicado por em jan 15, 2020 em Em destaque, Notícias |

Nota da ACCIRS sobre o processo de contratualização da Cinemateca Capitólio

Desde a sua inauguração, em 2015, a Cinemateca Capitólio se consolida como uma referência em preservação e o lugar por excelência do exercício da cinefilia em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul.

As dificuldades financeiras que afetam equipamentos culturais e a própria produção artística do país inteiro têm sido dribladas, na Capitólio, graças a um trabalho competente que alia a guarda da memória audiovisual com a programação de filmes importantes, das mais variadas épocas e procedências, alguns deles raros e até mesmo inéditos nas salas da cidade, do Estado e do país.

Os projetos implementados incluem iniciativas de formação de plateias, festivais, mostras, cursos e encontros nos quais são debatidas questões prementes da nossa sociedade.

É por isso que a Associação dos Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS) se mostra preocupada com o processo de transferência da gestão da cinemateca para uma Organização Social (OS), ou “contratualização”, processo este que tem sido levado a cabo pela prefeitura da capital gaúcha nos últimos meses.

Lembramos que iniciativas semelhantes têm dado resultados negativos do ponto de vista financeiro (como ocorreu com o Museu de Arte do Rio de Janeiro, o MAR) ou de programação (como ocorreu com a Cinemateca Brasileira), o que, caso se repita com a Capitólio, trará consequências desastrosas para a nossa cultura.

Em nome da continuidade de um modelo que mantenha a excelência da cinemateca tal qual ela se apresenta hoje, e vislumbrando o aprimoramento dos resultados conquistados nesses quase cinco anos de atuação, a ACCIRS firma posição contrária às mudanças na forma como elas estão anunciadas e pede que a prefeitura ouça os apelos da comunidade artística e cinéfila gaúcha antes de prosseguir com o projeto nos moldes em que ele está sendo divulgado à sociedade.