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Publicado por em fev 28, 2020 em Artigos |

Crítica: Morto não fala

Crítica: Morto não fala

Por Chico Izidro Morto Não Fala é o primeiro longa-metragem da carreira de Dennison Ramalho, e é um filme de terror brasileiro que surpreende. A obra é adaptada de um livro de Marco de Castro, e traz um protagonista que tem o poder, ou seria maldição, de falar com os mortos? O sempre ótimo Daniel de Oliveira (Cazuza e Aos Teus Olhos) vive Stênio, funcionário do IML à noite. Sua rotina é de ver cadáveres e eles falam com ele, seja lamentando as mortes, seja contando detalhes de suas vidas. Em casa, pai de dois filhos e casado com Odete (Fabiula Nascimento), que não suporta Stênio e seu cheiro. Um dia, Stênio descobre que está sendo traído pela mulher, que tem um caso com o dono da vendinha local, Jaime (Marco Ricca). E no trabalho, recebe um novo cadáver, de um traficante. E ao “bater papo” com o morto, tem uma ideia – o de culpar Jaime pela morte do bandido. Daí em diante, a trama se transforma em...

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Publicado por em fev 28, 2020 em Artigos |

Crítica: A vida invisível

Crítica: A vida invisível

Por Chico Izidro O novo longa de Karim Aïnouz, A Vida Invisível, retrata o forte machismo da sociedade brasileira na década de 1950, sob a ótica de duas irmãs. A obra é baseada no romance “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, livro de Martha Batalha, e roteirizado por Murilo Hauser, Inês Bortagaray e Karim Aïnouz. No Rio de Janeiro daquela época, Eurídice Gusmão (Carol Duarte e Fernanda Montenegro na terceira idade) é uma jovem que sonha em se tornar pianista e estudar no conservatório de Viena. Já sua irmã Guida (Julia Stockler), é praticamente o oposto, mostrando-se desinibida e mais fogosa. Um dia Guida decide fugir com seu namorado, um marinheiro grego. Porém, ao chegar a Atenas, descobre que o rapaz não era tudo o que ela esperava. Grávida, decide voltar para casa. Porém, seu pai, o conservador comerciante português Manuel (Antônio Fonseca) não admite ter embaixo de seu teto uma jovem solteira e com um filho e expulsa a menina. O pai a considera morta e assim conta...

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Publicado por em fev 28, 2020 em Artigos |

Crítica: Dor e Glória

Crítica: Dor e Glória

Por Chico Izidro O diretor espanhol Pedro Alçmodóvar apresenta em Dor e Glória (Dolor y Gloria) um de seus melhores filmes dos últimos anos. A trama é quase que autobiográfica, mostrando um diretor de cinema em período de falta de criatividade, que solitário, passa a relembrar sua vida e carreira desde sua infância pobre no interior da Espanha, ao lado dos pais. Antonio Banderas vive o protagonista Salvador Mallo, atormentado por todo tipo de doenças físicas, depressão e ansiedade. Após 30 anos, uma de suas obras é restaurada e reconhecida pelo público como um clássico. Motivo pelo qual ele se reaproxima do ator principal, Alberto (Asier Etxeandia). À época do lançamento, Salvador não aprovou a atuação do ator, mas reviu seus conceitos e o procura para fazer as pazes. Quando Alberto retorna à sua vida, nela também entra o vício em heroína, para atormentá-lo mais ainda. Dor e Glória também mostra o passado em flashbacks, onde Salvador relembra de sua mãe, trabalhadora, afetuosa e protetora. Jacinta ganha uma interpretação...

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Publicado por em jan 15, 2020 em Em destaque, Notícias |

Melhores do Ano 2019

Melhores do Ano 2019

A Associação de críticos de cinema do Rio Grande do Sul anunciou na noite desta última terça (14) os filmes eleitos os Melhores do Ano. Na Cinemateca Capitólio, antes da exibição do filme Elefante, de Gus Van Sant – do ciclo de sessões com da Sessão Accirs – a vice-presidente Fatimarlei Lunardelli anunciou os destaques do ano de 2019, segundo a associação. Dividida em dois turnos, a votação (que aconteceu no período de 27 de dezembro a 12 de janeiro) elegeu o melhor longa estrangeiro, brasileiro e gaúcho, bem como o melhor curta realizado no estado. Além desta seleção, a ACCIRS entrega, desde sua criação em 2008, o prêmio Luís César Cozzatti, que reconhece filmes, projetos, entidades, espaços e pessoas em destaque no cenário audiovisual gaúcho. A cinéfila Aida Ferrás foi escolhida para receber o prêmio neste ano, representando a cultura da cinefilia no Rio Grande do Sul. Nascida em 1933, Aida conta que viu seu primeiro filme aos dois anos de idade e desde então é uma frequentadora assídua das salas...

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Publicado por em jan 15, 2020 em Em destaque, Notícias |

Nota da ACCIRS sobre o processo de contratualização da Cinemateca Capitólio

Nota da ACCIRS sobre o processo de contratualização da Cinemateca Capitólio

Desde a sua inauguração, em 2015, a Cinemateca Capitólio se consolida como uma referência em preservação e o lugar por excelência do exercício da cinefilia em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul. As dificuldades financeiras que afetam equipamentos culturais e a própria produção artística do país inteiro têm sido dribladas, na Capitólio, graças a um trabalho competente que alia a guarda da memória audiovisual com a programação de filmes importantes, das mais variadas épocas e procedências, alguns deles raros e até mesmo inéditos nas salas da cidade, do Estado e do país. Os projetos implementados incluem iniciativas de formação de plateias, festivais, mostras, cursos e encontros nos quais são debatidas questões prementes da nossa sociedade. É por isso que a Associação dos Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS) se mostra preocupada com o processo de transferência da gestão da cinemateca para uma Organização Social (OS), ou “contratualização”, processo este que tem sido levado a cabo pela prefeitura da capital gaúcha nos últimos meses. Lembramos...

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