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Publicado por em jan 15, 2016 em Dossiês |

Dossiê :: Prêmio ACCIRS 2015

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Os Melhores de 2015

*Por Mônica Kanitz, presidente da Associação de Críticos de Cinema do RS

Escolher o melhor filme do ano nunca é uma tarefa fácil. Parte-se de uma lista com centenas de opções para chegar a um único título, a obra-prima da temporada. No caso da eleição da ACCIRS, a votação acontece em duas etapas: na primeira, cada crítico associado indica três títulos; na sequência, entre os três mais votados, sai o filme vencedor. Além do melhor longa estrangeiro e do melhor brasileiro, os críticos gaúcho ainda escolhem um destaque local, que podem ser um filme, um festival, uma instituição ou qualquer outra iniciativa que valorize o cinema do Rio Grande do Sul.

Nossa votação para os melhor estrangeiro de 2015 consagrou Mad Max: Estrada da Fúria, o vertiginoso longa de George Miller que deu sequência à trilogia dos anos 1980. Como comentei lá no início, nada é unânime. A discussão entre os críticos foi intensa por conta da diversidade do trio de filmes que foi para a final, fechando com o experimental Adeus à Linguagem, do mestre francês Jean-Luc Godard, e o instigante Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância), do mexicano Alejandro González Inãrritu, nada menos que o vencedor do Oscar no ano passado. Mas, afinal, uma associação de críticos pode premiar um filme considerado um blockbuster? Entre sequências espetaculares de ação e violência, quais características de Mad Max: Estrada da Fúria levaram os críticos gaúchos – e também várias outras associações, ressalto aqui – a apontá-lo como o melhor filme de 2015? Estas questões geraram um debate caloroso entre os sócios da ACCIRS e se refletem nos textos que seguem. Cabe ao público, também, julgar nossa decisão.

Entre os longas nacionais, a escolha recaiu sobre Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert, sem dúvida o filme mais comentado e um dos mais vistos do ano (foram cerca de 500 mil espectadores apenas nos cinemas). E como resistir à excelente atuação de Regina Casé? E como não concordar com a crítica do filme à realidade sociocultural do país onde vivemos?. Se o longa estrangeiro rendeu uma longa discussão, não houve discordâncias em relação à produção nacional. Em segundo lugar ficou Branco Sai, Preto Fica, um filme-denúncia contundente sobre a violência e o preconceito racial no Brasil, seguido do sensível Ausência, de Chico Teixeira, vencedor do Festival de Gramado em 2015.

O destaque gaúcho, que leva o nome do saudoso crítico Luiz Cesar Cozzati, foi para a Cinemateca Capitólio, instituição da Prefeitura de Porto Alegre. Depois de uma década de reformas intermináveis, o velho cinema da esquina da Borges com a Demétrio Ribeiro reabriu suas portas em março de 2015, lindamente recuperado. Além da sala com 164 lugares, o espaço oferece biblioteca, ambiente de exposições e instalações apropriadas para abrigar a memória do cinema gaúcho. Sem dúvida, um grande presente para Porto Alegre e para os cinéfilos. Entre as indicações gaúchas também se destacaram o longa Beira-Mar, primeiro filme da dupla Márcio Reolon e Filipe Matzembacher, que construiu uma carreira vitoriosa e elogiada desde o Festival de Berlim, onde foi exibido pela primeira vez; e, em terceiro lugar, o documentário Filme Sobre um Bom Fim, de Boca Migotto, um passeio necessário sobre as histórias e a importância do bairro mais “cult” de Porto Alegre.

Boa leitura e bons filme a todos! E que venham os melhores de 2016!!

 

PRÊMIO ACCIRS 2015

Entrevista com a presidente da ACCIRS sobre os melhores de 2015 para os críticos gaúchos, por Rodrigo de Oliveira e Monica Kanitz
Programa Alta Fidelidade, Unisinos FM, 13 de janeiro de 2016

 

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PRÊMIO LUIZ CÉSAR COZZATTI – DESTAQUE GAÚCHO:
Cinemateca Capitólio

Após mais de 10 anos de obras, Cinemateca Capitólio será inaugurada nesta sexta, por Daniel Feix
Zero Hora, 27 de março de 2015

Sala de calçada do Capitólio terá cinema autoral com pegada pop, por Daniel Feix
Zero Hora, 27 de março de 2015

História viva: Goida lembra sessões do Capitólio em décadas passadas, por Hiron Goidanich
Zero Hora, 27 de março de 2015

 

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MELHOR LONGA BRASILEIRO:
Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert

Que Horas Ela Volta?, por Willian Silveira
Papo de Cinema, 07 de agosto de 2015

43° Festival de Cinema de Gramado: Primeiro Dia, por Yuri Correa
Classe de Cinema, 08 de agosto de 2015

Videocast #154 :: Que Horas Ela Volta?, por Robledo Milani e Rodrigo de Oliveira
Papo de Cinema, 20 de agosto de 2015

Sobre “Que Horas Ela Volta?”, por Siliane Vieira
Cinecessário, ClicRBS, 27 de agosto de 2015

Crítica | Que Horas Ela Volta?, por Gisele Santos
Plano Crítico, 31 de agosto de 2015

Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert, por André Kleinert
Anti-Dicas de Cinema: o blog cinematográfico de André kleinert, 09 de setembro de 2015

Após estreia discreta, “Que Horas Ela Volta?” vira fenômeno popular, por Daniel Feix
Zero Hora, 18 de setembro de 2015

“Recebo mensagens sobre o filme a cada cinco minutos”, diz diretora de “Que Horas Ela Volta?”, por Daniel Feix
Zero Hora, 18 de setembro de 2015

Que Horas Ela Volta? – Variações sobre o mesmo tema, por Giordano Gio
Zinematógrafo, 8 de janeiro de 2016

 

 

MELHOR LONGA ESTRANGEIRO:
Mad Max: Estrada da Fúria, de George Miller

Side Quest Review: Mad Max – Estrada da Fúria, por Misael Lima
Canal Side Quest, 13 de maio de 2015

Mad Max: um novo clássico, por Siliane Vieira
Cinecessário, 14 de maio de 2015

Videocast #140 :: Mad Max: Estrada da Fúria, por Robledo Milani e Rodrigo de Oliveira
Papo de Cinema, 14 de maio de 2015

Mad Max: Estrada da Fúria, por Thomás Boeira
Linguagem Cinéfila, 14 de maio de 2015

Mad Max: Estrada da Fúria, por Yuri Correa
Classe de Cinema, 15 de maio de 2015

Mad Max: A Estrada da Fúria, de George Miller, por André Kleinert
Anti-Dicas de Cinema: o blog cinematográfico de André kleinert, 19 de maio de 2015

Hollywood vive. Hollywood morre. Hollywood vive de novo., por Giordano Gio
Zinematógrafo, 08 de janeiro de 2016