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Publicado por em mar 5, 2015 em Notícias |

Anunciada estreia nos cinemas do filme vencedor do Festival de Gramado 2014

O tão aguardado longa “A Estrada 47 “chega nos cinemas do Brasil no dia 7 de maio para apresentar a história de cinco brasileiros que estavam na Segunda Guerra.
No próximo dia 21 de fevereiro, completam-se 70 anos do seguinte pronunciamento: “Estou no cume do Castelo!”, dito com ânimo pelo coronel Emílio Rodrigues Franklin, da FEB (Força Expedicionária Brasileira) que, junto com outros 25 mil brasileiros, partiu para o inverno rigoroso da Europa para lutar ao lado dos países aliados durante a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945).

Depois de quatro tentativas fracassadas e, dessa vez, acompanhada da 10a divisão de montanha norte-americana, a tropa brasileira conseguiu seu maior feito. A tomada de Monte Castelo era muito importante por sua posição estratégica: estava no caminho para Bolonha, cidade que representaria uma importante conquista para as forças aliadas. E esse 21 de fevereiro aconteceu depois de mais de dois meses de temperaturas baixíssimas: a fase mais cruel do inverno dos Montes Apeninos chegou a ter temperatura registrada de – 15oC.

Além do frio brutal, os pracinhas brasileiros ainda tiveram que lidar com a constante hostilidade do fogo inimigo. Durante grande parte desse embate, os alemães dominaram as posições da FEB no cume no Monte Castelo e outros picos obrigando a tropa brasileira a encobrir seus movimentos no Vale do Reno sob a proteção do nevoeiro artificial produzido pela queima de óleo diesel.

A Estrada 47 é uma obra de ficção, porém baseada em muita pesquisa, leitura de livros e registros feitos por quem esteve lá. Vicente Ferraz, seu idealizador, roteirista e diretor, se graduou na segunda turma da Escola de Cinema e TV de San Antonio de los Baños, em Cuba. Foi lá que descobriu Soy Cuba, de Mikhail Kalatozov, por exemplo, que lhe inspirou a filmar o seu Soy Cuba, o Mamute Siberiano. Diretor de diversos curtas e documentários no Brasil e outros países da América Latina, sempre teve forte interesse por assuntos relacionados à política, geopolítica, relações diplomáticas e personalidades marcantes. Para ele, “A Estrada 47 não é um típico filme de guerra. É a história de brasileiros, italianos e alemães que se encontram durante o maior conflito do século 20. E esse inusitado encontro mostra que, mesmo durante a guerra, os aspectos humanos podem sobreviver”.